Cerca de 60 pessoas de várias instituições participaram, no dia 15 de agosto, do Workshop Direitos Humanos nas Empresas, organizado pela Força Tarefa de Direitos Humanos e Trabalho do Comitê Brasileiro do Pacto Global.
Cerca de 60 pessoas de várias instituições participaram, no dia 15 de agosto, do Workshop Direitos Humanos nas Empresas, organizado pela Força Tarefa de Direitos Humanos e Trabalho do Comitê Brasileiro do Pacto Global. A Itaipu, uma das empresas signatárias do Pacto Global no Brasil, recebeu o evento, que aconteceu pela manhã, no Auditório Integração.
Após as boas-vindas da diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, e do assessor do diretor-geral brasileiro, Herlon de Almeida, as especialistas convidadas falaram sobre direitos humanos no âmbito das empresas, a norma ISO 26000, de Responsabilidade Social, e apresentaram o Centro de Informação sobre Empresas e Direitos Humanos. Por fim, as palestrantes responderam perguntas do público, sob mediação da assessora de Responsabilidade Social da Itaipu, Heloisa Covolan.
Além de colegas das margens brasileiras e paraguais da binacional, estiveram presentes ao encontro representantes das empresas que fazem parte do comitê brasileiro do Pacto Global, como Petrobras, CPFL, Vale, Itaú, entre outras; e também integrantes de instituições iguaçuenses como as secretarias municipais de Assistência Social e Esporte e Educação; Guarda Municipal; Fundação PTI; Unioeste; Guarda Mirim; entre vários outros parceiros.
“Muito além de cadeias”
A advogada Juliana Gomes Ramalho Monteiro atua no escritório Mattos Filho Advogados, coordena o curso de Direitos Humanos e Empresas da Fundação Getúlio Vargas e é integrante do grupo de trabalho de Direitos Humanos e Empresas do Comitê Internacional do Pacto Global.
Em sua palestra, ela enfatizou que “direitos humanos”, ao contrário do que muitos pensam, não se referem apenas a presidiários. “Esse termo é visto com frequência em relação à situação carcerária, mas é muito mais amplo que isso e afeta todos nós”, afirmou. “O papel do Pacto Global é promover práticas socialmente responsáveis, mas todos podem contribuir, não só empresas”, disse.
Diretrizes
Lisângela da Costa Reis, de Furnas, e Ana Paula Carvalho, da Petrobras, explicaram um pouco sobre a ISO 26000 e as diferenças em relação às famosas ISO 9000 e ISO 14000, que abordam, respectivamente, gestão da qualidade e gestão ambiental. “A nova norma não é passível de certificação ou verificação de terceiros. Também não tem requisitos. É apenas orientadora, contém princípios que todo tipo de organização, não apenas empresas, podem seguir”, explicou Ana Paula.
Business Human Rights
Representando uma organização com representantes em mais de 70 países, Júlia Mello Neiva falou sobre o Centro de Informação sobre Empresas e Direitos Humanos, que acompanha os impactos positivos e negativos de mais de 5 mil empresas e disponibiliza no site business-humanrights.org.
Além de promover a transparência e o compartilhamento de boas práticas, o site também promove o diálogo entre empresas acusadas de alguma infração e as comunidades interessadas – facilitando uma relação muitas vezes conflituosa e difícil.