A Rede Brasil do Pacto Global é uma das realizadoras do seminário “Abolição 130 anos depois: A Lei e o exercício da lei” que ocorre dia 10 de maio, às 19h, no Museu Afro Brasil em São Paulo.
A Rede Brasil do Pacto Global é uma das realizadoras do seminário “Abolição 130 anos depois: A Lei e o exercício da lei” que ocorre dia 10 de maio, às 19h, no Museu Afro Brasil em São Paulo. Às vésperas dos 130 anos da lei que aboliu a escravidão no Brasil, o Museu Afro Brasil, o Memorial da Resistência do Estado de São Paulo e a Assessoria Especial para Assuntos Internacionais (AEAI) do Governo do Estado de São Paulo promovem um bate-papo com estudantes da rede pública e demais inscritos a respeito de assuntos que discutem a negritude, envolvendo políticas afirmativas, racismo e violência contra a população negra. O evento tem inscrições gratuitas e faz parte da agenda de direitos humanos “O Mundo que Queremos”, em comemoração aos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global e Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com apoio das empresas Klabin e Proseftur.
No panorama dos 130 anos após a lei Áurea, muitos desafios ainda estão postos diante da cultura segregacionista no Brasil, último país a abolir a escravidão no mundo. Apesar do país ter uma das maiores populações negras fora da África, estudos registram que os negros recebem 28% abaixo da média salarial praticada no país e o nível de qualidade de vida dos negros está uma década atrasada em relação ao dos brancos, como indica o Programa para o Desenvolvimento da ONU (PNUD ) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Além disso, menos de 5% dos executivos são afrodescendentes e, destes, apenas 0,4% são mulheres, segundo dados do Instituto Ethos. Negras e negros afirmam que a discriminação é intensa no mercado de trabalho, ferindo o princípio 6 do Pacto Global.
Para falar sobre o tema, foram convidados para palestrantes Lívia San’Ana Vaz, promotora do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) desde 2004, o músico Rincon Sapiência, principal nome do rap brasileiro da atualidade, e a Ana Claudia Pereira, oficial de projeto em gênero, raça e etnia do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA). Logo após o seminário, o Museu Afro Brasil realiza a pré-estreia da exposição “Isso é coisa de Preto”, com curadoria de Emanoel Araújo, diretor do museu.
Interessados podem acessar aqui o formulário de inscrição. Apesar de gratuita, as vagas são limitadas.