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‘Menos perda, mais água’ apresenta Piracicaba (SP) como ‘Cidade Transformadora’

As cerca de 40 organizações parceiras e apoiadoras do Movimento pela Redução de Perdas de Água na Distribuição, cujo lema é “Menos perda, mais água” – uma iniciativa da Rede Brasileira do Pacto Global – fizeram a primeira reunião de 2016 em 29 de fevereiro na sede Sanasa, em Campinas (SP).

As cerca de 40 organizações parceiras e apoiadoras do Movimento pela Redução de Perdas de Água na Distribuição, cujo lema é “Menos perda, mais água” – uma iniciativa da Rede Brasileira do Pacto Global – fizeram a primeira reunião de 2016 em 29 de fevereiro na sede Sanasa, em Campinas (SP). Liderada pelas empresas Sanasa e Braskem, a iniciativa tem como metas para este ano engajar os candidatos nas eleições municipais de outubro, além do acompanhamento de um piloto, denominado “Cidade Transformadora”. O piloto já conta com a adesão de Piracicaba (SP), que, durante a reunião, apresentou seu projeto de redução de perdas da cidade.
O engenheiro do Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba (SP), Pedro Caes, ressaltou que estão previstos investimentos de R$ 9,7 milhões no contrato para a execução de obras de combate às perdas de água nas redes de distribuição. Os recursos são oriundos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos dos rios de domínio da União – no caso, a Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CPJ) – e 30% de contrapartida da autarquia.
Caes revelou que o projeto começou a ser executado em 2015. Segundo ele, trata-se da atualização do plano diretor de combate às perdas totais no sistema de abastecimento de água, que em 2011 era de mais de 50%. “O plano será realizado em quatro etapas, e a meta é que o índice chegue a 25% até 2040, por meio da redução da pressão da água e reparo de vazamentos. Mas, em dois anos de execução, o projeto já bateu 50% da meta”, disse Caes.
Entre os objetivos do Movimento para 2016, a assessora de gestão de sustentabilidade da Sanasa, Adriana Leles, ressaltou o trabalho de mobilização e engajamento dos partidos políticos e prefeituras, uma vez que é ano de eleições municipais. “Queremos que o Brasil seja o grande propulsor do tema ‘perdas’ no mundo”. Para 2018, ela citou o Fórum Mundial das Águas, em Brasília, quando será feita a premiação das melhores práticas.
Cartilha
O Movimento também está finalizando a produção de uma cartilha de boas práticas, que apresentará, em 24 páginas, informações sobre o projeto e cases de sucesso em municípios com relevante redução de perdas de água: Limeira (SP), Campinas (SP), Porto Alegre (RS) e Campo Grande (MS). A ideia é que o conteúdo da cartilha esteja contemplado nos programas de campanha dos candidatos nas eleições municipais. A previsão de lançamento é no dia 22 de março, Dia Mundial da Água.
O Consulado Geral de Israel em São Paulo também é um dos novos parceiros da iniciativa. O cônsul para Assuntos Econômicos de Israel, Boaz Albaranes, se colocou à disposição para que informações sobre os projetos para redução de perdas de água no país do Oriente Médio – que se tornaram um exemplo para o mundo – cheguem ao Movimento.
Menos perda, mais água
A cada ano, 6,5 bilhões de metros cúbicos de água são desperdiçados nos sistemas de distribuição urbanos em todo o país. Isso representa cerca de 40% de toda a água produzida para o consumo no Brasil. Para reverter esse quadro, governo, sociedade civil organizada e o setor privado lançaram o “Movimento pela Redução de Perdas de Água na Distribuição” e a campanha “Menos perda, mais água”, em 25 de novembro de 2015, em Brasília.
Aumentar a eficiência na distribuição até 2030 é a meta do movimento. Por meio do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 – “Garantir a disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos” –, o foco é reduzir o número de pessoas que sofrem com a escassez de água no Brasil. De acordo com levantamento das empresas distribuidoras, o prejuízo com as perdas no sistema chega a R$ 8 bilhões por ano.