Mais de 100 representantes de empresas de diferentes tamanhos e setores da economia, associações, confederações, organizações da sociedade civil e estudantes participaram, na noite desta terça-feira (23/09), do lançamento da Iniciativa Incluir, fruto de uma aliança entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e um grupo seleto de parceiros – entre eles, a Rede Brasileira do Pacto Global.
Mais de 100 representantes de empresas de diferentes tamanhos e setores da economia, associações, confederações, organizações da sociedade civil e estudantes participaram, na noite desta terça-feira (23/09), do lançamento da Iniciativa Incluir, fruto de uma aliança entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e um grupo seleto de parceiros – entre eles, a Rede Brasileira do Pacto Global.
A criação da Iniciativa surgiu da necessidade de promover, ampliar e replicar modelos de negócios inovadores e sustentáveis que incluam as pessoas mais vulneráveis em todo o ciclo de produção das empresas, de fornecedores a funcionários e clientes. O sucesso crescente de empresas que realizam esse modelo de negócio inspira outros empreendedores a implementar ferramentas de inclusão em seus negócios e mercados.
“Para nós está muito claro que as empresas que não correrem atrás dessas iniciativas e princípios inclusivos e sustentáveis ficarão para trás em seu processo de desenvolvimento”, disse Maristela Baioni, coordenadora de programas do PNUD, durante o evento. “Os parceiros do projeto são fundamentais, pois eles representam redes nacionais que dialogam em todas as regiões do Brasil, em seus mais diversos estados e municípios, e por meio dessas redes conseguiremos levar essa pauta para todo o país”, complementou.
O Sistema CNI é uma dessas redes. Marcio Guerra Amorim, gerente da Unidade de Estudos e Prospectiva da Diretoria de Educação e Tecnologia do Sistema, afirmou que as indústrias do Sistema CNI irão participar da mobilização proposta pela Iniciativa. “Temos certeza que há muitos casos de negócios inclusivos nas indústrias brasileiras e que encontraremos cases inovadores”, disse.
Para Hiran Castello Branco, vice-presidente Institucional da ESPM, “fazer a diferença no campo social só é possível quando alianças, como essas da Iniciativa Incluir, são estabelecidas por atores de diferentes setores da economia e do governo”.
Renata Seabra, diretora executiva da Rede Brasileira do Pacto Global, explicou que o setor privado terá um papel fundamental para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a nova agenda de desenvolvimento da ONU, que será aprovada em setembro de 2015. Renata contou que a Iniciativa Incluir é fruto de parceria com o grupo temático de Erradicação da Pobreza e Economia Inclusiva da Rede Brasileira do Pacto Global, liderado por cinco organizações – entre elas o PNUD. “Esperamos a Iniciativa possa impulsionar e trazer para a pauta o que o Brasil tem de melhor na área de mercados e negócios inclusivos, sociais e sustentáveis”, afirmou.
Claudio Boechat, professor da Fundação Dom Cabal, explicou que “no contexto de desigualdade do Brasil, é preciso trazer para o jogo as iniciativas de inclusão de uma forma mais explícita e que engaje a iniciativa privada. A tarefa da redução e da eliminação das desigualdades não é uma tarefa somente de governo. É uma tarefa da sociedade também”, complementou.
Para Gokhan Dikmener, especialista do Centro Internacional do PNUD para o Setor Privado em Desenvolvimento, sediado em Istambul, na Turquia, “as desigualdades de renda em países desenvolvidos e em desenvolvimento estão entre os maiores desafios para o desenvolvimento global. Neste contexto, o que precisamos fazer é garantir que os frutos do crescimento sejam amplamente divididos entre todos os atores”.
Dois casos de negócios inclusivos foram apresentados durante o lançamento. O primeiro deles foi o da Solar Ear. Segundo o gerente geral na América Latina, Frederico Fernandez, a empresa fabrica aparelhos para deficientes auditivos a baixo custo, incluindo pessoas portadoras da deficiência na linha de produção.
O segundo caso foi apresentado por Mary Anne Amorim, presidente e fundadora da PUPA Empreendimentos Educacionais. A empresa oferece cursos para mães, cuidadoras e pais, ministrados por especialistas de referência no País em educação e desenvolvimento infantil. Para Mary Anne, “o investimento na primeira infância é a plataforma mais eficaz de combate à desigualdade social”.
Sobre a Iniciativa Incluir
A Iniciativa Incluir é fruto de uma parceria do PNUD Brasil com organizações como Rede Brasileira do Pacto Global, Sebrae, Sistema da Confederação Nacional da Indústria (CNI, SESI, SENAI e IEL), Sistema da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (SENAR, CNA, ICNA), Princípios para a Educação Executiva Responsável (PRME), e instituições acadêmicas como a Fundação Dom Cabral (FDC), o Instituto Superior de Administração e Economia (FGV/ISAE) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), além da multiplataforma de comunicação Planeta Sustentável.
Para conhecer melhor a Iniciativa Incluir e o concurso de casos de negócios inclusivos, acesse: www.iniciativaincluir.org.br
Com informações do PNUD