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Fórum Pacto Global: parcerias e investimentos para os ODS

Por Daniela Stefano Capacitar, compartilhar, colaborar.

Por Daniela Stefano
Capacitar, compartilhar, colaborar. Essas são as palavras-chave daqui para frente, na opinião das participantes do painel “Caminhos para a implementar a Agenda 2030”, composto exclusivamente por mulheres. O Fórum Pacto Global aconteceu em 9 de novembro de 2016, no auditório do MASP, em São Paulo.
Margarett Groff, Diretora Financeira Executiva da Itaipu Binacional (foto abaixo), acredita que o grande desafio é a capacitação dos gestores, para que os empresários se conscientizem do que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Segundo ela, é necessária a integração da academia com a indústria. E nesse aspecto, ela diz que as empresas têm um papel fundamental de aproximação com as universidades.
Da parte do Governo Federal, foi assinado, em 31 de outubro passado, o decreto que cria a Comissão Nacional para os ODS, com a “finalidade de internalizar, difundir e dar transparência ao processo de implementação da Agenda 2030”, firmada pelo Brasil. A comissão funcionará com a participação ativa da sociedade civil e dos governos federal, estaduais e municipais, já que a implementação das ODS “é responsabilidade de todos”, na opinião de Rúbia Quintão, Coordenadora-Geral de Projetos Especiais da Secretaria de Governo da Articulação Social da Presidência da República.
Financiar essa implementação é possível, acredita Tatiana Assali, representante para a América Latina da Principles for Responsible Investments (PRI). Tatiana vê os green bonds – títulos verdes – como uma excelente fonte de recursos. Semelhantes aos títulos de dívida comuns, os green bonds só podem ser usados no financiamento de investimentos considerados sustentáveis. Embora esses títulos ainda precisem ser regulados no Brasil, ela comentou que é “nossa missão mudar o mundo ao invés de esperar o mundo mudar”.
Apontando soluções, Tatiana Assali vê nos ODS uma oportunidade de negócios, de investimentos e de mitigação de riscos para o setor privado. Para concretizar isso, as parcerias são fundamentais. “O individualismo não é mais a solução. Temos de trabalhar colaborativamente”, afirmou. O painel teve a mediação da Gerente de Parcerias e Desenvolvimento para o Setor Privado do PNUD Brasil, Luciana Aguiar.
Banda Majeez
Para encerrar o evento, a Secretária Executiva da Rede Brasil do Pacto Global, Beatriz Martins Carneiro, fez o encerramento do evento destacando os principais eixos do evento: parcerias, diálogo e inclusão das PMEs, responsabilidade de todos para realização da Agenda 2030 e o diálogo com políticas públicas. Após a sua fala, houve a apresentação da banda Mazeej (foto à esquerda). O grupo é formado por músicos muçulmanos sírios, palestinos, cristãos libaneses e judeus brasileiros. O objetivo da banda, cujo nome significa “mistura” em árabe, é aproximar as pessoas a partir da cultura, deixando de lado suas diferenças. No repertório, canções com arranjos multiculturais que levam uma mensagem de paz.