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Fórum Pacto Global: ODS como uma grande oportunidade de negócios

Por Alex Xavier No dia 9 de novembro de 2016, o auditório do MASP, em São Paulo, recebeu a primeira edição do Fórum Pacto Global para discutir com representantes do setor privado como as empresas brasileiras podem contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ao apoiar a Agenda 2030.

Por Alex Xavier
No dia 9 de novembro de 2016, o auditório do MASP, em São Paulo, recebeu a primeira edição do Fórum Pacto Global para discutir com representantes do setor privado como as empresas brasileiras podem contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ao apoiar a Agenda 2030. No painel de abertura, a mensagem mais clara foi de que implementar um plano mundial para erradicar a fome e a miséria, promover a paz, diminuir as desigualdades sociais e econômicas, garantir direitos básicos a todos e proteger o meio ambiente, entre outras causas, não se resume a tomar o caminho certo. A longo prazo, também é um bom investimento.
“Hoje, um grande número de líderes empresariais de todas as partes já reconhece a importância do Pacto Global e que os ODS representam um novo modelo de negócios”, disse, na abertura do evento, Ursula Wynhoven, Chefe de Sustentabilidade Social, Governança e Integridade do UN Global Compact (foto acima). Para ela, é uma enorme oportunidade ter tantas pessoas criando soluções para enfrentar os problemas do planeta em tão pouco tempo. “Os ODS não só estabelecem onde devemos estar daqui 15 anos, como também abrem novos mercados para companhia de todo o mundo”, afirmou.
No mesmo painel, Jean P. Bernardini, Assessor de Parcerias, do Escritório Regional do PNUD para América Latina e Caribe (foto acima), ressaltou o envolvimento fundamental do setor privado no processo de desenvolvimento sustentável. “O setor privado é responsável pela criação de 90% dos empregos, mais de 60% do PIB e cerca de 80% do fluxo de capitais nos países em desenvolvimento. Portanto, calculamos que em 89 das 169 metas dos ODS, as empresas terão um papel direto e primordial”, disse. Segundo ele, isso se reflete em investimento financeiro, no desenvolvimento de soluções de mercado e tecnologias e na difusão dos novos princípios e práticas ao adotá-los em seus próprios modelos de negócio. “Empresas tendem a prosperar em economias prósperas, e a Agenda 2030 gera oportunidades fantásticas de investimento”, acrescentou.
Em nome do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte, Secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (foto acima), comentou da parceria entre governo e sociedade no combate ao desperdício. “No Brasil, 26 milhões de toneladas de tudo aquilo que é produzido de alimentos no ano tem como destino o lixo”, alertou. Para mudar isso e buscar uma produção e um consumo mais eficientes e a um custo menor, a parceria entre governo e sociedade deve ser incentivada. “Imaginar que esse desafio será superado só com o setor privado ou apenas por ações do Estado é ignorar a realidade. Por isso a nossa meta é ser o principal interlocutor de empresas e governos sobre os ODS”, completou André Oliveira, Presidente da Rede Brasil do Pacto Global e diretor jurídico de Impostos e Seguros da BASF na América do Sul.