Segundo relatório da ONU, lançado em 20 de junho, o número de pessoas deslocadas por motivos de conflitos e perseguições em todo o mundo chegou a 65,3 milhões em 2015.
Segundo relatório da ONU, lançado em 20 de junho, o número de pessoas deslocadas por motivos de conflitos e perseguições em todo o mundo chegou a 65,3 milhões em 2015. O número é quase 10% maior em relação ao registrado em 2014, que foi de 59,5 milhões, e que é considerado um recorde pela agência da ONU para Refugiados (ACNUR). De acordo com o órgão, atualmente, uma em cada 113 pessoas no mundo é refugiada, requerente de asilo ou deslocada internamente.
Neste contexto, será realizado no dia 30 de junho, na sede da Sodexo, em São Paulo, o evento de encerramento da primeira edição do projeto Empoderando Refugiadas, que desde novembro de 2015 sensibiliza o setor privado sobre o tema dos refugiados. Durante a atividade, as refugiadas terão a oportunidade de trocar suas experiências de vida com os representantes de empresas sobre seus desafios de integração no Brasil.
O Empoderando Refugiadas é uma iniciativa do Grupo de Direitos Humanos e Trabalho da Rede Brasil do Pacto Global, realizada em parceria com o ACNUR, a ONU Mulheres, a Caritas São Paulo, a empresa de recursos humanos Fox Time e o Programa de Apoio para a Recolocação dos Refugiados (PARR). O projeto conta com o apoio das Lojas Renner, Itaipu Binacional, Sodexo e Consulado da Mulher.
“Queremos incentivar o diálogo entre as refugiadas e representantes de empresas sobre o papel que o setor privado pode desempenhar aqui no Brasil na resolução destes obstáculos. Acreditamos que as empresas têm um papel fundamental”, afirma a responsável pelo Engajamento e Parcerias da Rede Brasil do Pacto Global, Vanessa Tarantini.
Ao todo, cerca de 30 mulheres de diferentes países, entre refugiadas e solicitantes de refúgio, foram atendidas. Elas participaram de três workshops (planejamento financeiro e profissional, direitos como refugiadas, mulheres trabalhadoras e habilidades práticas para melhorar o português). Além disso, elas receberam sessões de coaching e articulação com futuros empregadores. Vale lembrar que o trabalho de sensibilização com empresas é contínuo e os parceiros continuam buscando recolocar profissionalmente as refugiadas. O objetivo é que todas estejam empregadas e sejam autossuficientes financeiramente.
“Estamos muito felizes com os resultados alcançados neste período do piloto, que passam por contratações diretas, orientações individuais sobre carreira, oportunidades profissionais e networking. Vemos muito potencial no projeto, que contou com o apoio de grandes empresas”, comentou Vanessa.