Do PNUD
O presidente da Rede Brasileira do Pacto Global, André Oliveira, e representantes da sociedade civil organizada e dos governos federal e do Distrito Federal se reuniram na Casa da ONU, nesta segunda-feira (28), em Brasília, para o hasteamento da bandeira oficial dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS, adotados na última semana, durante a Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento sustentável, possuem 17 objetivos e 169 metas, que têm como pilares o crescimento econômico, a proteção ambiental e avanços sociais.
Na avaliação do coordenador-residente do Sistema das Nações Unidas e representante do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, os ODS representam um novo compromisso dos países, dos governos e da sociedade civil para a construção de um mundo melhor. “Tivemos grande sucesso, particularmente no Brasil, com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Agora, criamos uma agenda que complementa os ODM na área ambiental, de justiça, direitos humanos e governança. A nova agenda precisa de um engajamento ativo do todas as pessoas, para trabalharem em conjunto”, afirmou ele, durante a cerimônia de abertura do evento.
O chefe de gabinete do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), José Eduardo Romão, citou em seu discurso o exemplo de crianças chinesas: “Lá, as crianças pequenas têm brinquedos grandes nas escolas. Elas não conseguem brincar sozinhas, por isso, desde pequenas, aprendem a ser solidárias, a ajudar umas às outras, mesmo durante uma atividade tão simples. O mesmo acontece com os ODS. Eles exigem de nós solidariedade, cooperação e militância para que os objetivos sejam alcançados”.
Representando o setor privado, o presidente da Rede Brasileira do Pacto Global, André Oliveira, afirmou que a iniciativa privada é fundamental nesse desafio até 2030. “Os ODS são muito extensos, mas nos permite identificar iniciativas em que o setor privado já trabalha em conjunto, e com a união podemos chegar mais longe”, observou. A diretora executiva da Rede Brasileira, Renata Seabra, também participou da cerimônia.
Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani representou o órgão na cerimônia. Na opinião dele, os ODS congregam todos interessados em se engajar e contribuir. “Os Objetivos têm, a partir de sua inserção, uma plataforma para atuar e permite ao setor privado, governos, organismos internacionais e terceiro setor se incorporarem a um esforço global”, afirmou Gaetani.
Esforço conjunto
Além de governos e do setor privado, a sociedade civil organizada também participou do lançamento dos ODS. Mariana Borges, do movimento “Nós Podemos”, explicou que os novos objetivos cobram a participação de toda a sociedade, independentemente de participação política. “Dentro de nossas casas, todos nós temos o dever de contribuir com o desenvolvimento sustentável. Temos essa obrigação também com nossos vizinhos e com o nosso bairro. O esforço conjunto é essencial para que, em 2030, nossos filhos possam ter um mundo melhor. Não faremos nada sozinhos. Precisamos de colaboração”, garantiu Mariana.
A primeira-dama do Distrito Federal, Márcia Rollemberg, que também participou da cerimônia, representando o governador, Rodrigo Rollemberg, disse que “os ODS são fundamentais para uma agenda que aprofunda a inclusão, com o crescimento econômico e redução da pobreza, junto com uma parceria entre sociedade civil, governos e setor privado para, juntos, trabalharmos por um mundo melhor”.
Representando a juventude, um grupo de jovens líderes, participantes de curso de novas lideranças na resposta à AIDS, a convite do UNAIDS, acompanhou o hasteamento da bandeira dos ODS e agitou bandeirolas dos 17 Objetivos Globais.
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