Representantes do Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) se reuniram na quinta-feira, 18 de fevereiro, na Casa da ONU, em Brasília, para discutir o planejamento estratégico da Rede Brasileira do Pacto Global (RBPG) para 2016, considerando a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – os chamados Objetivos Globais -, lançados no final de 2015. Além disso, representantes do Governo Federal estiveram na reunião para mobilizar o setor privado a participar das ações integradas de combate ao mosquito Aedes no país.
Responsável pela abertura da reunião, o coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil e representante-residente do PNUD, Niky Fabiancic, lembrou que desde 2009 o PNUD apoia o Pacto Global e a participação da iniciativa privada no alcance dos ODS. “Empresas e desenvolvimento sustentável estão convergindo de forma nova e instigante”, disse, convidando a RBPG a formar uma grande parceira a favor dos Objetivos Globais. André comentou que 2016 será um ano de muitas oportunidades para a consolidação da parceria entre a RBPG e o PNUD e lembrou os 50 anos da organização, comemorados no dia 24 de fevereiro.
Entre os diversos temas discutidos na reunião, foi anunciada a nova composição da diretoria do CBPG: com a saída do Grupo Libra, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) assume o posto, representada pelo Superintendente do Sesi Paraná, José Antonio Fares. Permanecem no cargo a superintendente de sustentabilidade do Itaú Unibanco, Denise Hills, a diretora de relações corporativas do Grupo Abril, Meire Fidelis, e o diretor de sustentabilidade da PwC, Carlos Rossin.
Mosquito Aedes
Sobre a mobilização contra o mosquito Aedes, os secretários executivos do Ministério do Planejamento e Gestão, Francisco Gaetani, e do Ministério da Saúde, José Agenor Álvares, estiveram presentes na reunião. Gaetani observou que num prazo de 45 dias o governo conseguiu estruturar uma resposta à crise de saúde gerada pelo Aedes aegypti. De acordo com ele, existem três dimensões abordadas atualmente: o combate ao mosquito, o tratamento de infectados, em especial o de mulheres grávidas, e o mutirão de pesquisa e desenvolvimento de soluções. “O assunto está no centro da agenda dos órgãos públicos”, afirmou.
Apesar dos esforços, José Agenor Álvares ressaltou que, para atingir um resultado rápido, é preciso que a sociedade trabalhe em conjunto. “É indispensável ter o apoio de todos, principalmente da iniciativa privada”. Segundo Álvares, a RBPG tem potencial para engajar fornecedores e consumidores contra o Aedes. “É uma responsabilidade conjunta. Tenho certeza de que, se segmentos da sociedade e do governo trabalharem juntos, atingiremos resultados num curto espaço de tempo”, disse.
André Oliveira afirmou que o setor privado está engajado no tema e que trabalhará ainda mais para que o apoio seja ampliado. “A iniciativa privada sabe da importância do seu papel para contribuir com a causa. O governo pode contar com nosso apoio. Juntos trabalharemos para que o problema que atinge a sociedade seja resolvido o mais breve possível”.
*Texto adaptado de matéria publicada no site do PNUD Brasil