A plenária realizada hoje, 19 de novembro, na COP30, consolidou uma mensagem central para o mundo: a agenda climática entrou definitivamente na fase da implementação. O encontro reuniu o High-Level Climate Champion Dan Ioschpe, a CEO da COP30 Ana Toni e Simon Stiell, Secretário-Executivo da UNFCCC, em uma conversa que destacou que o avanço climático […]
A plenária realizada hoje, 19 de novembro, na COP30, consolidou uma mensagem central para o mundo: a agenda climática entrou definitivamente na fase da implementação. O encontro reuniu o High-Level Climate Champion Dan Ioschpe, a CEO da COP30 Ana Toni e Simon Stiell, Secretário-Executivo da UNFCCC, em uma conversa que destacou que o avanço climático depende de ação contínua, colaboração entre setores e decisões alinhadas à ciência. Simon reforçou que ação climática significa uma economia mais forte, mais empregos e sociedades mais resilientes, ressaltando que as agendas de ação devem ser tratadas como pipelines de investimento e não como iniciativas opcionais.
Na reflexão da presidência, Ana Toni chamou atenção para a importância das coalizões construídas ao longo da COP. Ela pontuou que as conferências reúnem 198 países, governos subnacionais, investidores, setor privado, povos indígenas e sociedade civil, e que a convergência entre esses grupos é essencial para transformar compromissos em resultados concretos. Ana citou avanços expressivos, como os 1,7 bilhão de reais destinados a povos indígenas e a modernização do sistema de saúde em Belém, legado direto da COP30. Também relembrou que seis temáticas prioritárias foram estruturadas com apoio de atores voluntários, formando uma base sólida para acelerar soluções.
Simon Stiell reforçou que ação climática precisa ocorrer durante os 365 dias do ano e que esta COP inaugura cinco anos de ação global contínua. Ele destacou a urgência na implementação e a necessidade de compartilhar inovação entre todos os setores, garantindo que empresas levem resultados concretos às comunidades em que atuam. Já Dan Ioschpe enfatizou que a nova fase da agenda climática global será guiada pela ciência, pela inclusão e pela capacidade de transformar ideias em soluções. Ele citou mudanças estruturais em curso, como investimentos bilionários em energia, modernização de redes e iniciativas de resiliência urbana impulsionadas por empresas e fundos filantrópicos.
Foi anunciada a continuidade da Agenda de Ação Climática Global por mais 5 anos. Ioschpe ressaltou que esta nova era de implementação visa também trazer os investidores para dentro da Agenda, transformando ideias em soluções.
O Programa Pacto Rumo à COP30 foi selecionado para compor o Celeiro de Soluções da Agenda de Ação da Presidencia da COP30, lista oficial que reúne iniciativas consideradas exemplares para acelerar a implementação climática no mundo. Foram aprovadas 123 ações de 27 países, entre eles Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, Egito, França, Alemanha, Guatemala, Índia, Itália, Quênia, México, Países Baixos, Nigéria, Peru, Portugal, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnã.
O reconhecimento confirma a importância do trabalho desenvolvido pela Rede Brasil e reforça o papel do setor privado brasileiro como protagonista na construção de trilhas de ação climática integradas às necessidades das pessoas e do planeta.
Sobre o Programa Pacto Rumo à COP30
Lançado em junho de 2024, o Programa Pacto Rumo à COP30 nasceu da necessidade urgente de ações coordenadas e ambiciosas para enfrentar a crise climática e potencializar o papel das empresas como agentes de transformação. O Programa tem como objetivos construir coletivamente ações essenciais de mitigação e adaptação às mudanças do clima com o setor empresarial brasileiro e mobilizar a Rede Brasil contra às mudanças do clima frente ao cenário climático brasileiro, a partir de projetos transversais, intersetoriais e setoriais. Com base nos pilares de Mitigação, Adaptação & Resiliência e Meios deImplementação & Comunicação, o Programa conecta as ambições globais do Acordo de Paris e do ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) aos contextos empresariais brasileiros. O programa mobilizou lideranças empresariais na construção de soluções concretas, reunindo 487 organizações engajadas, muitas em mais de uma iniciativa, chegando ao número de 1080 participações empresariais nas 22 ações coletivas, 1576 profissionais capacitados em diversas temáticas, 25 empresas líderes dentro dos projetos e Movimentos de Meio Ambiente e 8 parceiros estratégicos.