Durante o Fórum do Setor Privado das Nações Unidas, que aconteceu em Nova York em 26 de setembro, o secretário-geral, Ban Ki-moon, comentou de forma contundente sobre a responsabilidade das empresas no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos próximos 15 anos.
Durante o Fórum do Setor Privado das Nações Unidas, que aconteceu em Nova York em 26 de setembro, o secretário-geral, Ban Ki-moon, comentou de forma contundente sobre a responsabilidade das empresas no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos próximos 15 anos. Ele enfatizou que se trata de um momento único para mobilização da comunidade empresarial global, e que a adoção de práticas corporativas baseadas nos ODS melhorará o ambiente para fazer negócios.
“Em primeiro lugar, as empresas precisam fazer negócios de forma responsável e, em seguida, buscar novas oportunidades. Em suma, as empresas não devem tornar os problemas do nosso mundo piores antes de tentar resolvê-los”, afirmou Ban. Segundo ele, trilhões de dólares em fundos públicos e privados devem ser destinados a metas empresariais inspiradas nos ODS. Além disso, ele destacou o respeito aos direitos dos trabalhadores, a adoção de medidas que visem a redução da poluição ao meio ambiente e punam a corrupção.
“É hora de transformar modelos de negócios para que eles atendam às necessidades das pessoas”, disse, ressaltando iniciativas de empresas que definem metas para redução da emissão de carbono e que já utilizam 100% de energia renovável. Ele também comentou sobre o importante papel que o Pacto Global tem exercido entre as empresas, que transformou, nos últimos 15 anos, a relação das Nações Unidas com o setor privado.
Ele citou o caso da crise dos refugiados, em que as empresas têm criado estratégias para contratá-los. A Rede Brasileira do Pacto Global, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), tem feito um trabalho de sensibilização nas empresas, e algumas signatárias avaliam a contratação de refugiados para o seu quadro, uma vez que há legalidade jurídica no Brasil para contratá-las. Além disso, em parceria com a ONU Mulheres e outras instituições, um projeto executado em São Paulo tem o objetivo de empoderar mulheres refugiadas para o mercado de trabalho.